se houve, eu nem guardei um rasto
nem vermelho de sangue
nem o negro que dizem ser da morte
o que guardei, além de risos e labutas,
o que guardei foram outras cores
o azul do céu
(tão azul que estava o céu naquele dia oito!)
e o amarelo dos limões
correndo, como diz a canção
e, mais que tudo, guardei o branco
esse branco imaculado que encandeia
e nos lava a alma
nem vermelho de sangue
nem negro de morte
naquele dia oito de uma Primavera anunciando-se
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